15 de agosto de 2015

Você sabia? ~ Missões parte III


O plano urbanístico de cada redução estava assim constituído:
Toda redução tinha a igreja como prédio mais importante e a praça como centro, sendo o lugar onde se realizavam as festas, torneios e exercícios militares.
Em fileiras paralelas, as casas dos índios cercavam a praça, feitas de pedra, com alpendres e cobertas por telhas. As casas não tinham janelas, mas tinham de 6 a 8 portas de cada lado.
Junto à igreja ficavam a residência dos padres, o colégio, as oficinas e o Cotiguaçu (abrigo para viúvas e órfãos). O cemitério era dividido em quatro áreas (para enterrar homens, mulheres, meninas e meninos). Os padres eram enterrados na igreja.
O Cabildo (administração dos índios) contornava a praça. Atrás da igreja se cultivava a quinta (pomar e horta). Algumas missões tinham portaria, Tambo (hospedaria para visitantes), capela e até clausura.





São João Batista destacou-se por ser a primeira fundição de ferro e aço no atual território brasileiro e pelo grande desenvolvimento das habilidades artísticas. No povo de São João Batista haviam artistas de todas as profissões, orientados pelo Padre Sepp. Sua presença na região missioneira possibilitou uma rápida evolução das artes em geral e principalmente da música. Foi o local da criação da Harpa Paraguaia.
Segundo cartas da época, a música foi um instrumento na conquista dos povos nativos em todo o território missioneiro. Posteriormente, foram os índios que conquistaram a admiração dos padres pela sua habilidade musical. Cada Redução teve seu coral e orquestra com instrumentos produzidos nas Missões, em São João, contava com mil índios.

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