17 de agosto de 2015

Você Sabia? ~ Missões parte 5



As oficinas de esculturas ou “talleres” das Missões eram os locais onde os escultores aprendiam, com seus mestres, a produzir imagens em madeira para adoração ou para ornamentação da igreja da Redução. Foram utilizadas diversas espécies de árvores como o tayi, o urundey, quebracho e especialmente o cedro. As imagens de talha eram policromadas, com cores vivas, extraídas de plantas e de minerais e algumas tintas vinham da Europa.
Ainda há diversas peças preservadas nos trinta povos. São peças em estilo barroco, a partir de 3 cm de altura até mais de dois metros. Ao visitar as Missões, repare que muitas das imagens esculpidas na região têm traços indígenas.



As roupas de uso comum eram feitas nas oficinas. Homens e mulheres recebiam um traje por ano e as crianças dois. O tecido e o corte eram uniformes.
Os homens trajavam um gibão e culote, semelhantes à roupa dos espanhóis e, por cima, uma blusa de pano branco. Os índios não se acostumaram ao uso de meias e sapatos, usando somente em ocasiões especiais, segundo cartas da época. Para festividades e guerras, usavam trajes militares.
A mulher missioneira usava o "tipoy", que era um tipo de vestido formado por dois panos costurados entre si, deixando sem costurar apenas duas aberturas para os braços e uma para o pescoço. Na cintura, usavam uma espécie de cordão, chamado "chumbé". O "tipoy" era feito de algodão cru. Em ocasiões festivas, usavam um "tipoy" de linho sobre o de uso diário. Apenas nas vestes religiosas, sobretudo nas procissões, as índias usavam mantos de outras cores.
Após o final do período missioneiro, os trajes evoluíram com mudanças graduais até a vestimenta tradicional gaúcha.

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