16 de setembro de 2019

A chegada do Primeiro Caminho das Missões Internacional e a Missa da Terra sem Males

O domingo marcou a chegada dos peregrinos que realizaram o Primeiro Caminho das Missões Internacional.

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Saindo de San Ignácio Guazu, no Paraguai, passando pela Argentina até chegar a Santo Ângelo, o grupo visitou sete Patrimônios Históricos e Culturais da Humanidade mundiais dentre os 30 povos missioneiros.

A chegada à Catedral Angelopolitana de Santo Ângelo culminou com a apresentação da Missa Terra Sem Males, com coral, intervenções cênicas e grupos de dança e canto.

Resultado de imagem para missa da terra sem malesO Maestro Martin Coplas cantou como solista e o Maestro Claus Jerke foi regente de um coral de vozes missioneiras.

A Missa da Terra Sem Males é uma missa cantada e musicada. Foi escrita pelo bispo Dom Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra e tem música de Martín Coplas. Foi apresentada pela primeira vez em 1979 na Catedral da Sé em São Paulo.

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé e noiteEla exalta os mártires da causa Indígena e é um pedido de perdão a todos os povos indígenas da América. Neste Domingo (15/09), foi celebrada em frente à Catedral Angelopolitana de Santo Ângelo, 17 anos depois de sua primeira apresentação neste mesmo local, quando, em março de 2002, foram recepcionados os caminhantes do primeiro Caminho das Missões. 

Desta vez a Missa encerrou a primeira caminhada Internacional das Missões, com peregrinos que percorreram 29 dias de caminhada, cortando 750 quilômetros pelos territórios Missioneiros do Paraguai, Argentina e Brasil.

A cerimônia foi presidida pelo bispo diocesano dom Liro Meurer.

Através do projeto de extensão De Terra seus Corpos, com o apoio do Observatório de Direitos Humanos, os acadêmicos/bailarinos do Laboratório Investigativo de Criações Contemporâneas em Dança da UFSM, sob a coordenação do professor Odailso Berté, realizaram contundentes intervenções cênicas da obra e abrilhantaram a noite.

A invernada do CTG 20 de Setembro também participou da celebração, realizando bela apresentação após o rito da Eucaristia, ao som do coral.


A participação dos povos originários emocionou a todos quando integrantes da Aldeia Guarani Tekoá Piãú realizaram sua manifestação artística e o Cacique Anildo Ama Selyna trouxe seu testemunho, citando a importância do respeito entre os povos, da importância da preservação e respeito à natureza e da figura de Sepé Tiaraju como um servo de Deus.

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Fotos de FERNANDO GOMES.
A celebração findou com um compromisso de união e um dever maior:

Unidos na Memória
da Páscoa do Senhor
voltamos para a História
com um dever major.
Unidos na memória
da Antiga Escravidão
juramos a Vitória
na nova servidão.

América Amerindia,
ainda na Paixão:
um dia tua Morte
terá Ressurreição!

Letra: Dom Pedro Casaldáliga/Pedro Tierra/ Música: Martin Coplas

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