Filme inglês dirigido por Roland Joffé e escrito por Robert Bolt. Com Jeremy Iron no papel do Padre Jesuíta Irmão Gabriel, e Robert de Niro vivendo Rodrigo Mendonza, um mercador de escravos que se converte em religioso após cometer um crime contra seu irmão Felipe.
A música do filme é um espetáculo a parte, foi inteiramente composta pelo talentoso Ennio Moriconne. Para ilustrar a história de uma missão Jesuíta, Moriconne lançou mão de uma musicalidade grave e tensa, mesclando corais litúrgicos, percussão e guitarras de influência hispânica. O resultado é um disco primoroso e inventivo.
No século XVIII, na América do Sul, um violento mercador de escravos indígenas, arrependido pelo assassinato de seu irmão, realiza uma auto-penitência e acaba se convertendo como missionário jesuíta nos Sete Povos das Missões, região da América do Sul reivindicada por portugueses e espanhóis.
O filme teve gravações nas fronteiras entre Argentina, Brasil e Uruguai e se torna um interessante retrato da história tanto da Europa quanto dos países da América Latina, afinal o conflito de interesses resultou num derramamento de muito sangue inocente, principalmente indígena, traumas que ainda ecoam na nossa história atual.
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes e Oscar de fotografia.
Baseado na obra homônima de Érico Veríssimo, o filme "O Tempo e o Vento" retrata a formação do Rio Grande do Sul, a povoação do território brasileiro e a demarcação de suas fronteiras, forjada a ferro e espada pelas lutas entre as coroas portuguesa e espanhola. Para recontar a saga da família Terra Cambará, no período que se estende das Missões até o final do séculoXIX, Jayme Monjardim usa como eixo a história de amor de Bibiana (vivida por Marjorie Estiano e Fernanda Montenegro) e Capitão Rodrigo (interpretado por Thiago Lacerda). Em meio ao cerco do casarão de sua família pelos Amarais, a já centenária Bibiana Terra Cambará (Fernanda Montenegro), relembra cento e cinquenta anos de história.
Na primeira parte de sua trilogia, Erico Verissimo descreveu com riqueza de detalhes a história das Missões, seu apogeu e derrocada, com a Guerra Guaranítica. Esta história aparece no capítulo A Fonte, do livro O Continente, e ocorre na antiga missão de São Miguel Arcanjo, um dos sete povos das Missões.
Logo no início do filme, cenas remetem às Missões Jesuíticas (final do século 18), com a participação de Matheus Costa (Pedro Missioneiro), o uruguaio Cesar Trancoso (Padre Alonzo) e Luiz Paulo Vasconcellos (Cura). As cenas ambientais das reduções jesuíticas, foram feitas em Bagé, com a participação de 50 índios Guarani, oriundos da aldeia Alvorecer, Tekoá Koenju, São Miguel das Missões (RS).
Na Minissérie O Tempo e o Vento, o capítulo que trata da história missioneira aparece com ainda mais detalhes do que no filme, retratando a história de maneira mais similar ao que Erico Verissimo escreveu.
A cabeça de Gumercindo Saraiva:
Já no período pós-reducional, em 1895, no final da Revolução Federalista, o capitão rebelde Francisco Saraiva e cinco cavaleiros cruzam o Sul do Brasil numa exasperante caçada para resgatar a cabeça de Gumercindo Saraiva, cortada pelos legalistas e levada à capital pelo major Ramiro de Oliveira e dois ajudantes.
O ator brasiliense Murilo Rosa, que no filme interpreta o major Ramiro de Oliveira, disse estar encantado com a história diferenciada e a magia que envolve as Ruínas de São Miguel. "Os missioneiros têm uma pedra preciosa nas mãos, que deve ser transformada numa das maiores rotas turísticas do mundo. Aqui tem um clima envolvente e o espetáculo Som e Luz é maravilhoso", observou o ator, agradecendo a forma acolhedora com que foi recebido pela administração municipal, equipe da Secretaria Municipal de Turismo e por toda a comunidade miguelina. Murilo acrescentou que "filmamos na última semana em São Miguel e, aqui na região das Missões, dentro das Ruínas, e sentimos uma magia especial durante as gravações".
Documentário "A Grande Experiência":O ator brasiliense Murilo Rosa, que no filme interpreta o major Ramiro de Oliveira, disse estar encantado com a história diferenciada e a magia que envolve as Ruínas de São Miguel. "Os missioneiros têm uma pedra preciosa nas mãos, que deve ser transformada numa das maiores rotas turísticas do mundo. Aqui tem um clima envolvente e o espetáculo Som e Luz é maravilhoso", observou o ator, agradecendo a forma acolhedora com que foi recebido pela administração municipal, equipe da Secretaria Municipal de Turismo e por toda a comunidade miguelina. Murilo acrescentou que "filmamos na última semana em São Miguel e, aqui na região das Missões, dentro das Ruínas, e sentimos uma magia especial durante as gravações".
O documentário "A Grande Experiência", produzido pela TV Unisinos, lança uma olhar que busca um diálogo com o passado, e traz ao debate uma das questões mais importantes do início da conquista e colonização na América do Sul: as Missões.
O documentário aborda a história das Missões sob os mais diversos pontos de vista, desde a vida cotidiana nos povos missioneiros, a arte, a fé, a religião, o "modo de ser" Guarani, o passado e o presente destes povos. Além disso, traz grandes questionamentos e reflexões sobre o legado missioneiro. Vale cada minuto!
Terra Sem Males - A conquista (TV Escola):
Documentário Missões Jesuíticas - Guerreiros da fé
Três viajantes percorrem o caminho que os liga ao passado de suas origens. A aventura acontece nas ruínas das Missões Jesuíticas no Paraguai, Argentina e Brasil. Construídas entre os séculos XVII e XVII, hoje Patrimônio da Humanidade. A região foi palco da guerra entre os índios missioneiros contra Portugal e Espanha pela defesa da Terra Sem Males. Assista a este excelente e completo documentário abaixo:
Documentário Missões Jesuíticas - Guerreiros da fé
Confira nos três vídeos abaixo a sequência do documentário "Missões Jesuíticas" na íntegra, da TV Senado. Especialistas de todas as correntes e escolas analisam a influência dos jesuítas na América do Sul, principalmente na região dos Sete Povos das Missões. A criação das Missões Jesuíticas contribuiu para a construção de um modo de vida que caracteriza o Sul do Brasil, com marcas na economia, artes, cultura e identidade.
O documentário foi produzido pela própria emissora e dimensiona a influência dos jesuítas no território Sul-americano, em especial na região dos Sete Povos das Missões.
Direção de Deraldo Goulart e Chico Sant'Anna.
República Guarani
Outro filme é República Guarani, dirigido e produzido por Silvio Back em 1978, com 60 minutos e roteiros e pesquisa assinados por Deonísio da Silva. O documentário foi relançado com 100 minutos em 1982 e ganhou vários prêmios no Brasil. Entre eles, melhor roteiro e melhor trilha sonora no 15º Festival de Brasília/82.
O filme traz um registro necessário da cultura e da história dos guaranis e do que fizeram com eles. São várias entrevistas com especialistas (historiadores e antropólogos) no assunto, como os paraguaios González Dorado e Bartolomeu Meliá, que dão uma versão acurada da colonização espanhola e portuguesa.
Sua montagem meticulosa resultou numa versão sutilmente agressiva e hostil aos jesuítas. Por exemplo, Back esclarece que a figura e a função do cacique entre os guaranis foram impostos pelos padres que afastaram a liderança dos pajés – guias espirituais e curandeiros das tribos.
A versão jesuítica está no “La República Jesuítica del Paraguay”, dos padres jesuítas norte-americanos Robert McCown e Clement McNaspy. O documentário, de média metragem (60 minutos), foi premiado com a “Águia Dourada” como melhor documentário cultural de 1979 nos EUA, resume com entusiasmo a obra da Companhia de Jesus no Paraguai dos séculos XVII e XVIII.
O menos conhecido é Y Aún Sueña el Guarani, com produção e direção do alemão Wolfgang Penn. O filme retrata a luta do padre Joseph Marx, pároco por 20 anos da Igreja San Ignácio Mini em Misiones, que resgata parte da história das reduções no território argentino. O jesuíta padre Anton Sepp, conhecido também como “gênio das reduções” também é tema do filme que tem mais pretensões religiosas do que culturais e históricas.
O filme liga seu início ao filme A Missão. No filme alemão, nas primeiras cenas, aparece um guarani tocando violino próximo às margens de um rio. No filme de Rolland Joffe, a cena se repete com o padre Gabriel (Jeremy Irons) que toca uma flauta doce.
Você conhece alguma produção que retrata a história missioneira? Envie nos comentários e buscaremos vídeos e informações.
U-topos
Novo documentário sobre a utopia Jesuítico-Guarani recentemente divulgado no final de 2018. O produtor e diretor Vicente Herrero fez um novo documentário, 'U-Topos', para contar as luzes e as sombras da presença jesuíta na América. Relaciona a relação da Sociedade com os estados sucessivos ao longo de três séculos, incluindo a sua expulsão da coroa da Espanha.
O documentário foi feito graças à colaboração com a TV espanhola (RTVE) e um canal de TV local de Valência, chamado Canal9. O diretor trabalhou em 'U-Topos' por um ano. Herrero fundou sua produtora independente Tiempos Difíciles Films em 2003 e, com o nome, conta atualmente com seis filmes, entre documentários de ficção e longa-metragem, com locações que incluem países da América Latina, África e Europa.
Filmagens duraram 12 semanas e aconteceu no Brasil, Peru, Bolívia, Paraguai, Espanha e Portugal. A produção contou com a colaboração com a Companhia de Jesus, especificamente Enrique Climent SJ, Bartomeu Meliá SJ e Wenceslao Soto SJ. Herrero encontrou extenso material de pesquisa nos arquivos jesuítas da Espanha, Peru, Bolívia e Paraguai. O documentário inclui também entrevistas com historiadores portugueses e espanhóis.
U-Topos estreou na quarta-feira, 7 de novembro, na Universidade Pontifícia Comillas, em Madri, com a ajuda do diretor e dos jesuítas Wenceslao Soto SJ e Enrique Climent SJ.
Este último, depois de assistir ao filme, reconheceu sua qualidade e o bom trabalho realizado e disse que "o documentário é destinado a gerar debate".
Assista ao trailer:
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